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BOLETIM VIRTUAL DO INSTITUTO WILFRED BION
Edição de Janeiro de 2021 – Número 01

 

Sumário:

  • EDITORIAL
  • DIRETORIA
  • PALAVRA DA PRESIDENTE
  • 1_TRANSFORMAÇÕES
  • 2_APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA
  • 3_PROCESSO DE PENSAR
  • 4_MEMÓRIAS DO FUTURO

 

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EDITORIAL

É com muita satisfação que lançamos a primeira edição do Boletim Virtual do IWBion – o qual nomeamos de CESURA. Neste espaço de interlocução, estaremos registrando informações sobre os acontecimentos que ocorrem durante o ano. Cada evento promovido pelo Instituto, seja ele recorrente ou pontual, tem o intuito de marcar um acontecimento permeado pela qualidade dos encontros, produzindo assim, novos sentidos.

Inspirados em um dos conceitos do psicanalista Wilfred Bion, escolhemos chamar o nosso boletim de CESURA. Para tanto, vejamos o que pode significar CESURA: “é como uma flecha no tempo, tem diversas implicações. A cesura estabelece um “antes” e um “depois” e ao mesmo tempo aponta para a continuidade que é a irreversibilidade dos processos temporais, que incidem sobre todos os objetos temporais” (Chuster, 1997, p.183).

Deste modo, este boletim se propõe a mostrar algumas vertentes de desenvolvimento psicanalítico existentes no IWBion, tais como: Formação Integrada em Psicoterapia Psicanalítica, E- Formação Curso Teórico e Clínico sobre a Obra de W. Bion, Estágio de Psicologia Clínica; Grupos de Estudos; Seminários com o renomado psicanalista Arnaldo Chuster; Publica Ação; Reuniões Científicas aberta ao público; Janelas para o Mercado, Jornada do Estudante, Atendimento Clínico no Ambulatório a Crianças, Adolescentes e Adultos.

Realçamos que uma das principais características da nossa Instituição, consiste na qualidade proporcionada ao curso de Formação Integrada em Psicoterapia Psicanalítica, onde prioriza-se, fundamentalmente, o cuidado amplo dado ao profissional que se encontra em aprimoramento. Além disso, tem-se o compromisso com as demandas sociais em nível comunitário, oportunizando tratamento psicológico para uma gama maior de pacientes. E, sabendo da responsabilidade implicada na tarefa psicoterápica, recebemos com ética e sensibilidade os que procuram o serviço de psicologia, colocando-nos atentos as mudanças da atualidade, as necessidades e desejos humanos.

Todos os profissionais que compõe a estrutura de funcionamento do Instituto Bion, estão envolvidos com o desenvolvimento profundo do pensar sobre o ser humano e sua complexidade.

É nesse sentido que nós, do IWBion, buscamos transmitir uma psicanálise que transita pela ciência e pela arte, almejando vivenciá-la como um processo da criatividade humana. Incluímos ainda, outras perspectivas teóricas psicanalíticas e dos âmbitos do saber, que somados enriquecem o diálogo e a capacidade de se revigorar nas fontes da alteridade. Colhemos, portanto, a reverberação dos investimentos, que tornam os profissionais do IW BION, cada vez mais aptos a escutar sensivelmente e acolher os seres humanos na sua singularidade, que num gesto de esperança, buscam um espaço para si.

Agradecimento especial ao grupo da comissão editorial, que não mediu esforços para que esse desejo se realizasse, e a todos que contribuíram para que o “Cesura”, nosso Boletim Virtual, siga sendo um elo de construção no Instituto Bion.

 

Gisele Pereira – Editora
Maria Luiza Calcagnotto – Diretora de Biblioteca e Publicações

Rafael Braz
Roberta Lopes Rodrigues
Valdireni Florêncio

 

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DIRETORIA

MAGDA BARBIERI WALZ – Presidente e Diretora Administrativa

VANESSA BECKENKAMP LÓPEZ – Diretora de Ensino

MARIA CHRISTINA KUHN – Diretora do Departamento de Clínica

PATRÍCIA LAKS TRACHTENBERG – Diretora do Departamento Científico e Eventos

MARIA LUIZA TONIETTO PRATAVIERA CALCAGNOTTO – Diretora de Biblioteca e Publicações

CLÁUDIA CARDOSO DOS SANTOS – Departamento de Estágio e Relações com a Comunidade

MICHELLE DANTAS ZANINI – Secretaria do Conselho Consultivo

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PALAVRA DA PRESIDENTE

A pandemia nos trouxe muitos desafios. Em meados de março entramos em isolamento social para nos proteger da disseminação descontrolada do vírus – covid 19. Precisávamos cuidar de nossa saúde e da saúde de todos. Cuidar para que nosso sistema de saúde não entrasse em colapso. Temos um compromisso com o outro além de nós mesmos. Fechamos nossa sede e passamos a trabalhar de forma on-line, uma grande novidade para todos nós, não sabíamos se daria certo. Nosso trabalho acontece na presença do outro. É possível estar presente de forma on-line? Hoje, depois da experiência vivida, talvez possamos dizer algo sobre isso. É no vínculo que o processo terapêutico acontece.
Fomos tomados por um medo primitivo, o medo do predador, um inimigo invisível, desconhecido, que ameaçou nossos sonhos, nossos projetos.

Ouvi de um grande mestre; “Agora é coragem e paciência para viver cada dia de cada vez!”

Assim fomos trabalhando em conjunto, sustentando nossa paixão pela psicanálise e pelo nosso Instituto, acreditando que tudo ficaria bem, em um ato de fé, de esperança.

E do mau negócio, tiramos proveito… Vivemos um ano criativo e cheio de novidades para o IW Bion. Este boletim é um exemplo deste trabalho que realizamos conjuntamente, envolvidos em um vínculo produtivo para seguirmos crescendo como Instituição.

O nome escolhido para este filho-Boletim, pelos colegas da comissão do Publica-ação é também muito significativo: CESURAS

Entre um antes e um depois fomos nos des-envolvendo e hoje temos mais experiências para contar e trocar.

Nossos encontros científicos durante o ano, trouxeram assuntos diversos e importantes, tecendo fios ligados a experiência da pandemia e aos conceitos psicanalíticos de Wilfred Bion.

Tecemos sobre assuntos atuais, que envolve o homem social e nosso compromisso com seu bem-estar. Escolho falar especialmente sobre o ódio as diferenças, questão pontual em nossa sociedade. Somos uma sociedade racista, por mais difícil que seja admitir isso nas nossas próprias atitudes. Temos muitos indivíduos vivendo à margem dos benefícios do desenvolvimento, a maioria deles negros, são estes também, que mais morrem devido a pobreza e a violência policial.

Urge que seja aceita uma “Cesura”, através de movimentos conscientes e respeitosos, para que possamos viver um antes e um depois nessa história trágica de nosso país.

Temos esse compromisso como agentes de saúde, como indivíduos sociais e como seres humanos. É necessário um novo espaço, esse que se abre na cesura, para que novas condições e possibilidades sejam oferecidas a todos esses que estão à margem.

Desejo que todos sigamos bem, desenvolvendo novas ideias e projetos para o novo ano com muita esperança e dedicação ao nosso maravilhoso trabalho!

Um grande abraço!

 

Magda Barbieri Walz, Psicanalista, Fundadora, Presidente do IWBion e Membro do Instituto da SBP de PA

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1_TRANSFORMAÇÕES

FORMAÇÃO INTEGRADA EM PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA 

Em um ato de coragem, após reflexões e debates reiterados, o Instituto Wilfred Bion atende a uma demanda que há muito tempo batia em sua porta: reformular a nossa formação em Psicoterapia Psicanalítica. Esta mudança se deu por vários fatores; entre eles, em prol dos seguintes propósitos:

  • Buscar manter nossa formação ativa e coerente com o fazer analítico, enriquecida de princípios éticos e genuínos à clínica.
  • Integrar, em uma formação, o estudo para o cuidado com crianças, adolescentes e adultos (leia-se todas as idades), de forma respeitosa aos nossos autores clássicos e contemporâneos, contextualizando com questões da atualidade.
  • Aprofundar uma linha do pensar que seja coerente, que leve em conta o humano em busca do “ser”, em suas diferentes formas de comunicação e de possibilidades de transformações.
  • Favorecer a vivência de experiências emocionais aos implicados neste processo com a Instituição, respeitando as singularidades em prol do crescimento psíquico e mental…

Pretendemos que a formação no IWBion, a partir das diferentes possibilidades de envolvimento que a Instituição oferece também após a formação, seja alicerçada por verdadeiras experiências emocionais – que instiguem e sustentem nosso crescimento mental, nos tornando mais humanos. Pois sonhar a própria experiência, como Thomas Ogden afirma, é necessário para sonhar-se existindo mais plenamente…

Como ilustração do que buscamos oferecer na formação, encontro na delicadeza do texto “A complicada arte de ver”, de Rubem Alves, o qual destaco o trecho a seguir: “A diferença se encontra no lugar onde os olhos estão guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. (…) Isso é necessário, mas é muito pobre (…). Quando os olhos estão na caixa de brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que veem, olham pelo prazer de olhar”…

Esperamos vocês!

Informações gerais:

– Duração 3 anos (6 semestres)
– 5 seminários semanais
– 46 Horas supervisão individual por ano
– Atendimento no Ambulatório do IW Bion (convênio e particular)

Atividades paralelas:
– Reuniões Científicas
– Supervisão Coletiva (mensal)
– Reunião da Clínica (mensal)

Atividades abertas:
– Grupos de Estudos
– Ciclo de Estudos
– Café Psicanalítico
– PUBLICA ação

 

Vanessa López, Psicóloga, Psicanalista, Diretora do Departamento de Ensino e Membro Efetivo do IWBion,

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E-Formação

O curso on-line sobre a vida e obra de Wilfred Bion é o mais novo projeto do nosso Instituto. Nomeamos de E-Formação, nome esse que revela um processo em movimento contínuo, ou seja, revela que estamos em formação a vida toda.

Estamos muito felizes com este projeto que nasceu em meio a um ano de pandemia, exigindo assim que fôssemos criativos para enfrentar sentimentos de medo, incertezas e desamparo. Já nos dizia Bion que tolerando à frustração experimentamos a criação de pensamentos e assim vamos conhecendo o mundo e a nós mesmos.

E foi assim que aconteceu…

Há 27 anos estudamos a obra de Wilfred Bion, sob a batuta generosa e inteligente de Arnaldo Chuster. Durante estes anos foram produzidos nove livros, inicialmente com o grupo que fundou o Instituto e posteriormente produziram-se livros com os grupos que se vincularam aos seminários. Organizamos também o congresso internacional de 2011, sob o tema Mitos, Sentidos e Paixões, o qual ocorreu aqui em Porto Alegre trazendo analistas do mundo todo.

Então, o E-Formação é produto destes vínculos e experiências. Toleramos as incertezas e transformamos nosso medo, assumindo nossa maturidade intelectual e a capacidade imaginativa desenvolvida nesse tempo e espaços investidos.
A Pandemia foi uma nova vivência na vida de todos nós. Anteriormente não estivemos impedidos de conviver, impedidos de sair de nossas casas, impedidos de abraçar nossos familiares, amigos, colegas e também impedidos do contato pessoal com nossos pacientes.

Mas os pacientes não nos abandonaram, os colegas não nos abandonaram, e nossa instituição seguiu firme, inventando novas formas de trocas, experimentando mais um ensinamento de Bion: A importância da função alfa social.

O curso iniciará em 15 de março de 2021, com um encontro semanal às segundas-feiras, das 20h30 às 22h, e se estenderá até o mês de novembro.

São coordenadores do curso:

  • Beatriz Behs
  • Claudia Cardoso dos Santos
  • Julio Cesar Conte
  • Julio Cesar Walz
  • Magda Barbieri Walz
  • Maria Christina Kuhn
  • Patricia Scalco
  • Susana Beck
  • Convidados especiais: Arnaldo Chuster e Renato Trachtenberg

Veja mais informações sobre o curso: www.bion.org.br/e-formacao

 

Magda Barbieri Walz, Psicanalista, Fundadora, Presidente do IWBion e Membro do Instituto da SBP de PA

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DEPARTAMENTO CIENTÍFICO E EVENTOS

A comissão do Departamento Científico foi desafiada com as surpresas que chegaram.

Fomos tocados emocionalmente, ao mesmo tempo, impedidos de sermos tocados presencialmente.

Nos questionamos, como seriam os eventos da instituição?
Para nossa grata surpresa, fomos abraçados virtualmente por todos que participaram dos eventos e aproximados de quem estava longe fisicamente.

Como um bebê que começa a explorar o mundo, nos experienciamos com o primeiro evento virtual para o público interno, que foi um sucesso. Após tivemos reuniões científicas mensais, Encontros com Bion, Encontros com Freud, Ciclos de estudos, Seminários com Arnaldo Chuster, Começando na Clínica, entre outros.

Tivemos imensas trocas, aprendizagens, afetos e acolhimento: o Instituto Bion foi pro mundo!

Não sabemos como será o ano que vem, mas a comissão do Científico continuará construindo pontes para gerar momentos como os que tivemos, de longe ou de perto.

 

Patrícia Laks Trachtenberg, Psicóloga, Diretora do Departamento Científico e Membro do IWBion.
Equipe: Adriana Castoldi, Franciela Bonacina; Joyce Souza

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DEPARTAMENTO DE CLÍNICA

Neste ano fomos surpreendidos por um vírus que rapidamente se espalhou pelo mundo. Fronteiras foram fechadas e a palavra de ordem a seguir é: “fiquem em casa”.
Imediatamente deixaram de funcionar as escolas e boa parte do comércio. Somente estabelecimentos de primeira necessidade estavam liberados, desde que seguissem o protocolo de segurança.

Nós como instituição, também tivemos nossas portas fechadas. No início não sabíamos muito bem o que fazer, otimistas, achávamos que seria um período curto de isolamento. Dia a dia os casos foram aumentando e o número de óbitos crescendo.
O objetivo maior era zelarmos pela integridade física dos pacientes, dos terapeutas e funcionários. Com a falta de previsibilidade do retorno, a equipe preocupada com seus pacientes, começou a se mobilizar para dar continuidade ao processo terapêutico de forma on-line, modalidade que o próprio CRP autorizou, sem a necessidade prévia de inscrição.
Incansavelmente se dedicaram e fizeram o melhor que foi possível fazer. O atendimento presencial aos poucos foi voltando e a instituição como um todo se organizou para seguir as orientações dos órgãos de Saúde Pública.

O atendimento on-line continua sendo oferecido a aqueles que o desejam.
É um período de experiências novas, nunca pensadas. Aprendemos a viver com o desconhecido, a criar novos espaços, onde há escuta e há encontro.
Aprendemos estar presentes mesmo que fisicamente distantes.

Maria Christina Kuhn, Psicóloga, Diretora do Departamento de Clínica e Membro Efetivo do IWBion.

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DEPARTAMENTO DE ESTÁGIO E RELAÇÕES COM A COMUNIDADE

O Estágio de Psicologia Clínica contempla seminários teóricos, observação supervisionada do desenvolvimento infantil, supervisão coletiva e individual, organização e participação de eventos no EEIB (Espaço do Estudante do IWB).
Diante do impacto da pandemia, no início de 2020, nossa equipe parou e precisou transformar-ações. Seguimos todas as atividades possíveis de forma on-line, e o nosso maior desafio era: como fornecer a prática, sendo que os atendimentos psicoterápicos não poderiam ser de forma remota para os estudantes? Passamos então a intensificar nossas atividades de supervisão individual e coletiva, revisitando e estudando a nossa prática clínica. Nossa observação supervisionada passou a ser através de relatos e documentários sobre o desenvolvimento infantil. E assim seguimos com todas as nossas atividades até serem liberados os atendimentos de psicoterapia on-line para os estagiários, para que pudessem seguir sua prática clínica.
Parabéns a toda a equipe, que trabalhou incessantemente, para que o Estágio tenha encerrado 2020 de forma produtiva, trazendo muito crescimento para todos.

Iniciamos 2021 com oito estagiários, desejando que seja um ano muito próspero, com muita saúde, para muitos encontros!! Seguindo com muitas transformações!!

 

Cláudia Cardoso dos Santos, Psicóloga, Diretora do Departamento de Estágio e Relações com a Comunidade, Membro Efetivo do IWBion

Equipe: Cynthia Silva Antunes, Cícero Antunes, Franciela Bonacina, Magda Barbieri Walz, Maria Luiza Calcagnotto, Michelle Zanine, Patricia Trachtenberg e Valdireni Florêncio

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GRUPO DE ESTUDOS

A formação psicanalítica sustenta-se no tripé: análise, supervisão e teoria. Sendo assim, o Instituto Bion sempre propiciou grupos de estudos nos mais diversos temas. Há muitos anos coordeno um grupo de estudos que orientado pela Psicanálise vem escolhendo conteúdos e ou autores que sejam contribuições paralelas para se pensar a clínica e a teoria. Alguns temas dos últimos estudos: Era do Ressentimento, livro do Pondé. Em 2018 a Sexualidade e suas confrontações contemporâneas de gênero. Em 2019 foi a vez da terapia de grupo de orientação psicanalítica, aplicações e limites. E 2020 o autor inglês Theodore Dalrymple, orientador dos textos de Pondé. Escolhemos dois livros polêmicos, Evasivas Admiráveis e Podres de Mimados. Em Evasivas ele abre o debate de como os conceitos psicológicos moldam nossa visão de mundo. E como essa compreensão gerou componentes narcísicos importantes. Já em “Podres de Mimados” estuda-se o sentimentalismo tóxico, desde a abordagem romântica do século XVIII até os dias de hoje nas redes sociais.

Em 2021 escolheremos nova temática sempre no intuito de contemplar os interesses dos integrantes. O grupo está aberto para novas inscrições!
Nosso grupo reúne-se as quintas feiras, e circunstancialmente, em 2020, os encontros são por vídeo/reunião.

 

Mary Georgina Boeira da Silva, Psicóloga, Psicanalista, Coordenadora do Grupo de Estudos e Membro Efetivo do IWBion.

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2_APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA

Aprender com a experiência é parte de um processo importante, que mostra coisas importantes sobre nós e nosso desenvolvimento, nossas potencialidades e a vulnerabilidade de lidar com nossos limites e o limite do outro, que se apresenta a nós na sua singularidade, em um processo de construção da sua subjetividade, esta é a clínica que se desvela no nosso contínuo atendimento clínico. Na experiência da formação em psicoterapia psicanalítica, entramos em contato com tudo isso, sendo fundamental fazer parte dessa transformação, se descobrir e também descobrir os nossos objetivos, se (Des)-construir e expandir o nosso psiquismo, criando espaço criativo para suportar as limitações do nosso paciente, quando se faz necessário este espaço para se ressignificar, expandir-se, criar, simbolizar suas representações mentais, através das transferências emocionais entre o par analítico. Por isso a psicoterapia é um processo evolutivo em que a escuta faz parte da arte que a psicanálise apresenta em todo o caminho da nossa formação, desde a escolha do nosso local de estágio clínico a nossa especialização continuada.

O meu local escolhido desde o início foi o Instituto Wilfred Bion, estudei e me preparei para participar da seleção, quando a resposta veio de forma positiva, fui acometida de um sentimento de alegria, mas ao mesmo tempo um misto de medo do desconhecido um grande desafio ao iniciar a experiência da clínica, nos atendimentos, mas isso tudo foi se acomodando e dando espaço a conhecer melhor a minha própria subjetividade, constituindo o meu interno, de acordo com as minhas vivências no meu externo, com a transformação de ampliar conhecimento, podendo assim criar parte da minha identidade profissional, com amparo de uma boa supervisão, seminários teóricos de estudos constantes em todo esse processo, e, além disso, fazer parte de uma instituição onde às reflexões sobre as teorias psicanalíticas são respeitadas ampliando o papel da psicanálise na sociedade, dando significado ao caminho escolhido, sendo instigante e desafiador. No decorrer do percurso a escolha pela formação continuada em psicoterapia psicanalítica faz-se imprescindível trabalhar com os meus próprios conteúdos emocionais e transformá-los em instrumento do meu trabalho.

Fiz a escolha do Instituto Bion para minha formação, por ser uma instituição respeitada e séria em seus princípios, com profissionais capacitados, onde a supervisão, a análise pessoal, e os estudos teóricos, são fatores do tripé necessário para a formação, assim como importantes referências históricas da trajetória da psicanálise, tendo como referência vários autores como Freud e Bion. Este último de quem o Instituto leva o nome em homenagem a este grande psicanalista.

A experiência deste primeiro ano de formação tem despertado inquietações, onde as trocas, a vivência das experiências clínicas, nos mostra o quanto é possível lidar com o desconhecido e acreditar que a criatividade dá espaço ao desenvolvimento pessoal. As intervenções singulares como cada um dos nossos pacientes na sua subjetividade, uma nova experiência a cada sessão, Bion diria “sem memórias, sem desejo, sem necessidade de compreensão”. Aprender com a experiência é abrir-se ao inesperado, um caminho pelo qual a experiência, de simbolizar torna-se possível através do encontro de se relacionar com outro. Traduzir em palavras a nossa experiência pessoal e intransferível na vivência clínica é onde se faz uma grande reflexão sobre si. É se colocar como sujeito que se interroga e se expressa de forma lúdica na pintura de um horizonte teórico- clínico onde privilegiar o imprevisível é se constituir o subjetivo e singular na tela em branco do outro.

A clínica que quero construir com meus pacientes, é onde a experiência da psicoterapia psicanalítica, se torne arte e poesia, em que cada ato, seja uma nova forma que se descortina em uma nova cena mais colorida, onde promova a expansão da mente e o crescimento psíquico, de forma que o pensamento possa ser uma experiência emocional e se torne pensável.

 

Adriana Castoldi, Psicóloga e Membro do IWBion, Cursando Formação Integrada em Psicoterapia Psicanalítica.

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3_PROCESSO DE PENSAR

Artigo 1

Arnaldo Chuster, Psicanalista, Membro da SPRJ, Membro do Instituto Psicanalítico de NEWPORT – Califórnia e Membro Honorário do IWBion

Pelo olhar do psi, por Arnaldo Chuster: “Fazemos parte da equipe do resgate mental e emocional dos náufragos da pandemia”.

Existe um complexo interjogo entre desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento emocional. Em ambos desenvolvimentos, o ser humano não consegue resolver nenhum problema sem que imediatamente surjam novos problemas para solucionar. Por exemplo, quando uma criança aprende a andar é imediatamente apresentada a um espaço muito mais vasto do que quando engatinhava, e esse mundo novo e complexo demanda investigação e mais desenvolvimento. Uma criança começa a falar e seus horizontes são novamente expandidos, com consequências semelhantes. Ao longo de toda nossa vida as coisas continuam assim.

A saúde mental de um indivíduo depende de conseguir enfrentar as sucessivas demandas criadas pelo seu próprio progresso; e no sentido contrário, a capacidade para enfrentar novas exigências da vida depende da sua saúde mental. Não há como cortar essa circularidade. A menos que se procure viver de forma totalmente alienada. Muitos fazem isso atacando o progresso e o desenvolvimento. Além do mais, o preço da alienação é sempre altíssimo.

Um dos problemas enfrentados por qualquer desenvolvimento é a aquisição de autonomia social, o que envolve libertar-se do mimetismo exigido pelo grupo ou pela nação. As sociedades totalitárias exigem mimetismo absoluto de seus cidadãos. Vejam a Coréia do Norte e a China onde o mimetismo é compulsório e estimulado de todas as formas imagináveis. Mas não precisamos ir muito longe. Em nosso próprio País existem correntes ideológicas que querem que toda a nação pense da mesma forma. Não aceitam oposição. Se alguém pensa diferente não presta. Por essa razão não se desenvolvem, estão parados no tempo. Vivem uma eterna adolescência rebelde, achando que vão mudar o mundo com bravatas e trapaças.

No campo do desenvolvimento emocional e intelectual a situação difere do que ocorre no desenvolvimento tecnológico. Pois o mimetismo tecnológico bem-sucedido não se aplica ao emocional. Na realidade, o mimetismo não tem o menor valor no campo emocional e é realmente um enorme perigo, pois produz uma falsa aparência de desenvolvimento. Mimetismo significa falar com desenvoltura daquilo que não se tem conhecimento emocional. Mal comparando é como um papagaio que pode imitar e convencer os desavisados que a fala contem conhecimento de causa.

Uma sociedade que estimula o mimetismo coloca o seu destino nas mãos dos indivíduos subdesenvolvidos emocionalmente, que são justamente os mais bem equipados mimeticamente. Portanto, a esperança depende de se desenvolver uma técnica para o desenvolvimento emocional. Essa técnica existe, trata-se da psicanálise; mas como aplicar psicanálise em todos os cidadãos? Esse é o tipo de problema que ilustra como o avanço de uma ciência cria problemas muito complexos. Mas não avançar porque é difícil pode fazer com que fiquemos prisioneiros de uma elite extremamente destrutiva.

A pandemia certamente criou uma série de problemas que vão precisar de muito tempo para serem resolvidos. Essas soluções vão gerar outros problemas. Todavia, o retrocesso imposto pelas medidas de isolamento social gerou a possibilidade de resgate de uma série de valores que estavam desprezados. Permitiu enxergar aqui em nosso País o desprezo pelo investimento na Saúde e Educação, criminosamente cometidos pelos governos. Não se pode mais continuar gastando bilhões com quem provê circo, enquanto um mínimo é gasto em Saúde e Educação, elementos que são essenciais à vida humana.

Num recente seminário online, uma aluna aflita com o estado de coisas me perguntou se nós psicanalistas não estaríamos na posição da orquestra tocando enquanto o Titanic afundava. Minha resposta é que não éramos uma orquestra, pois os psicanalistas não conseguem se juntar como tal, mas sim que fazemos parte da equipe do resgate mental e emocional dos náufragos da pandemia.

O poeta John Donne disse que “a aflição é um tesouro; dificilmente algum homem tem o bastante dele. Todo homem que teve aflição suficiente amadureceu por seu intermédio”.

 

Artigo 2

Renata Lisbôa, Psicanalista, Membro efetivo do IWBION e Pós-Doutorado em Psicanálise – PPGCLIC – UFRGS

A partir da leitura do texto do psicanalista Leopoldo Nosek, no seu livro “A disposição para o Assombro”, podemos pensar sobre a descoberta de Freud e suas ressonâncias:

A descoberta de Freud abre no século XX uma nova fronteira para as grandes navegações – o continente da subjetividade – e representa, é certo, um progresso crucial para a capacidade do homem de explorar a si mesmo. A tentativa de colonizá-lo, porém, configura também um novo e inevitável ato de violência, o que me levará a equiparar o inconsciente ao infinito e, com isso, atribuir à psicanálise uma ética derivada da recepção do outro. Como acolher cada paciente, a cada vez? Todo rosto nos põe diante do infinito da alteridade. Ser ético implicará a disposição cotidiana para o trauma, o susto, o assombro que significa, a cada vez, abrir a porta para um estrangeiro¹.

Ao abrir a porta para o estrangeiro, estamos nos propondo a concretizar essa ética da recepção do outro. Essa pergunta complexa sobre como acolher cada paciente a cada vez nos situa no lugar de não-saber, nos possibilita refletir sobre a capacidade negativa de Bion, o caos, as incertezas. É nesse lugar de não-saber que precisamos nos posicionar para escutar o outro. É esse o exercício e o compromisso da psicanálise: levar adiante a transmissão de uma herança! Que essa chama siga acesa e aqui no Instituto Wilfred Bion temos nos proposto a honrar esse compromisso, a seguir navegando e a manter vivo esse entusiasmo por essa transmissão!
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¹NOSEK, L. A disposição para o assombro. São Paulo: Perspectiva, 2017.p.18

 

Artigo 3

Julio Cesar Walz, psicanalista, Membro Fundador do IWBion e Professor da Universidade LA SALLE

CESURA

Bion publicou em 1977 o artigo chamado Cesura. Trata-se da culminação ou condensação de mais de 20 anos de reflexão sobre como ele entende isso que chamamos de mente, o pensar, a vida e a psicanálise. Cesura em Bion é um termo que tem um caráter epistêmico e clínico.

O que quer dizer epistêmico? Bion entende que os seres humanos não possuem uma relação natural ou linear com o conhecimento ou o desejo de saber. Ou seja, o conhecimento não surge ou se constrói simplesmente pela necessidade ambiental. Ele gosta de usar o exemplo de que os egípcios que precisavam medir os campos do vale do Nilo não inventaram a geometria. Foram os gregos que nada tinham para medir. Os babilônicos, que acreditavam em astrologia não criaram os cálculos astronômicos e sim os gregos. Assim, entre o desejo de saber e os interesses ou necessidades de uma pessoa ou de uma sociedade há um hiato, uma CESURA. A cesura é a ideia de um vácuo/espaço entre um antes e um depois, entre o dentro e o fora, entre o passado e o futuro, e mesmo que haja alguma ligação, ela é desconhecida. E ela apenas pode ser “conhecida” pela imaginação produtora e não pela busca pura e simples da causalidade linear. O modelo do sonho cabe bem aqui. Freud tinha a ideia de que o sonho lembrado não é o sonho sonhado. O conhecimento linear em nossa cabeça nos dá a sensação de controle e de saber completo acerca de tudo. Esse hiato/cesura é um espaço que nos remete a indecidibilidade da origem. Ou seja, não sabemos a origem, mas podemos imaginar e construir a singularidade do novo. Imaginar é aceitar/construir possibilidades e não adivinhar certezas. A ideia de possibilidade permite que possamos sempre de novo construir novos conhecimentos, pois se não fosse assim, Einstein, por exemplo, aceitaria a física de Newton como verdade e jamais poderia construir a teoria da Relatividade, que nos trouxe todo o avanço tecnológico de hoje. Ou seja, buscar ou aceitar que na repetição há um desconhecido e algo a ser criado ou que se cria. O pensar, então, não é em si conhecer o que se apresenta às percepções ou conceitos ou teorias. É saber que existe algo sempre novo e se criando e a cesura é a conceituação que me permite estar disponível.

Dessa forma a Cesura em Bion chama a atenção para a desconstrução da ideia determinismo psíquico, justamente porque propõe uma compreensão do tempo não linear e idealizada para os estados mentais e observações onde o elemento variável é que ganha força como ponto de mudança psíquica.

O caráter clínico é a aplicação do epistêmico. Bion tem uma ideia bem clara ao utilizar a ideia de Cesura. A Transferência é o centro da técnica e da observação analítica desde os seus primórdios e talvez pelo excesso de uso e reflexão possa ter sofrido desgastes e vícios que precisariam ser sacudidos. Nesse sentido, em geral, aquilo que Freud chamava de Transferência, bem com Klein, seria o que Bion chama de transferido. Seria como a passagem linear do ontem para o hoje. E uma maneira linear de conhecer o fenômeno. Mas se a ideia de Cesura tem valor de observação, a Transferência não será mais vista como a expectativa do que se repete e o vício da mesma observação ou da exigência de que ela ocorra. A Transferência será vista como o não conhecido, a surpresa, aquilo que se cria no presente, no vínculo entre a dupla e não mais como mera projeção de um passado no presente.

Resumindo: Bion pressupõe que a mente não consegue captar completamente como se relacionam o todo e o particular. Aquilo que era antes e o depois. E se achar que captou ou entendeu, a mente tende a ficar fixa e presa. Isso é a repetição do mesmo e da mesma versão. Ele usa o exemplo da construção do canal auditivo. Até que se escute, há um longo processo e quando a audição finalmente acontece a construção anterior se “perde” mas deixa rastros não captáveis pela linguagem, pensamento etc. Aqui surge então a necessidade da imaginação produtora para que algo novo se crie, afinal, o universo é um universo em expansão.

 

Artigo 4

Rafael Braz, Psicólogo, Membro do IWBion e Aluno do curso de Clínica Psicanalítica do IWBion.

Ensaiando considerações sobre o processo de pensar

Quando me propus a escrever algumas palavras para esta primeira edição do boletim virtual do Instituto Bion, o primeiro pensamento que me visitou foi sobre como a instituição fez e segue fazendo a sua travessia em tempos de pandemia. Para Bion, é para lidar com os pensamentos que o processo de pensar se constitui; em outros termos, é a pressão dos pensamentos que impõe à psique o desenvolvimento do aparelho para pensá-los. Nesse processo, os pensamentos têm origem em pré-concepções em busca de realizações¹. Ao encontro de tal hipótese, ao pensar meu pensamento acima referido, desdobraram-se algumas questões: nas primeiras semanas da pandemia, como foi possível escutar em liberdade discursos tão aprisionadores? E, diante das frustrações impostas pela realidade, como as mentes que compõem o IWBion mantiveram o vigor de suas pré-concepções na direção de novos pensamentos e realizações?

Com quase um ano do transcurso da pandemia, percebo que conseguimos, coletivamente, sair do circuito fechado das certezas engessadas para pavimentar e trilhar novos caminhos. Na vida humana, é fundamental não nos prendermos àquilo que é conhecido, para seguirmos no movimento de ampliação perceptiva, rumo ao desconhecido. Nesse processo, as frustrações, para além de serem pensadas, têm sido transformadas em ações efetivas nas trajetórias da instituição e dos sujeitos que a constituem. Ampliamos não somente as nossas possibilidades de atendimento, como nos aproximamos significativamente, via online, de pessoas geograficamente distantes, que buscam fazer psicoterapia ou aprender com a experiência psicanalítica em nossos eventos, grupos de estudos e cursos.

Agora, enquanto escrevo, novos pensamentos me visitam. Opto por selecionar aquele que talvez possa dialogar com este texto: “estamos fazendo jus ao nome da instituição”. Sim! Levamos, com responsabilidade o nome de Wilfred Bion, que oferece instrumentos e inspiração para criarmos ferramentas psicanalíticas que nos permitem investigar a vida e suas possibilidades. Assim, trabalhamos criativamente com o que sempre há de novo na vida, explorando o desconhecido no sentido da expansão psíquica. E, a propósito desta publicação, outro pensamento me ocorre: este boletim virtual é fruto de aberturas nascentes, aquelas que brotam em nossas mentes quando nos vinculamos a novas versões que escapam das repetições cotidianas. Nesse movimento, seguimos transitando incertezas e nos arriscando a pintar diferentes amanheceres e a desenhar novos horizontes.

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¹BION, W. R. Uma Teoria Sobre o Processo de Pensar. In: Estudos Psicanalíticos Revisados (Second Thoughts). 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1988. p. 101-109.

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4_MEMÓRIAS DO FUTURO

EVENTOS DO I. W. BION DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2020

JANEIRO

23/01: CURSO DE VERÃO: “ESPAÇO PSíQUICO, ESPAÇO DO SONHO E AS SUTILEZAS DA ESCUTA ANALíTICA” (COM RENATA LISBÔA).

MARÇO

09/03: SUPERVISÃO COLETIVA: COM ANIE STURMER E AUDREY BLACKWELL.

12/03: AULA INAUGURAL: A PSICANÁLISE EM TRANS-FORMAÇÃO: DA ORIGEM À INTUIÇÃO (COM RENATO TRACHTENBERG).

26/03: MOVIMENTO SOLIDÁRIO: SUPORTE PSICOLÓGICO ONLINE E GRATUITO EM DECORRÊNCIA DAS DIFICULDADES EMOCIONAIS NA PANDEMIA.

ABRIL

23/04: PRIMEIRO ENCONTRO VIRTUAL DO INSTITUTO BION: A CLÍNICA PSICANALÍTICA EM TEMPO DE TRAUMA COLETIVO (COM FLÁVIO OLIVEIRA DE SOUZA E MAGDA BARBIERI WALZ).

MAIO

11/05: SUPERVISÃO COLETIVA: COM HELENA SURREAUX E RAFAEL BRAZ.

21/05: REUNIÃO CIENTÍFICA: FALHA SIMBÓLICA/MISÉRIA EMOCIONAL (COM LEOPOLDO NOSEK).

23/05: CAFÉ PSICANALÍTICO: A PARTE PSICÓTICA DA PERSONALIDADE, BION EM TEMPOS DE PANDEMIA (COM FERNANDA CESA E JULIO CÉSAR WALZ).

27/05: ANIVERSÁRIO DO INSTITUO BION: 27 ANOS DE HISTÓRIA.

JUNHO

03/06: CURSO DE INVERNO: QUANDO A PRIMAVERA CHEGAR, PENSANDO OS CASOS CLÍNICOS DE MASUD KHAN (COM RENATA LISBÔA).

10/06: ENCONTROS COM BION: “DEZ PENSAMENTOS SOBRE O PENSAR” (COM JÚLIO CONTE).

17/06: ENCONTROS COM BION: “INCONSCIENTE, UM UNIVERSO EM EXPANSÃO” (COM MAGDA BARBIERI WALZ).

24/06: ENCONTROS COM BION: ENTRE A ARROGÂNCIA E O PENSAR, ESTUDOS SOBRE A PARTE PSICÓTICA E NÃO PSICÓTICA DA PERSONALIDADE (COM PATRÍCIA SCALSO).

08/06: SUPERVISÃO COLETIVA: COM JÚLIO CONTE E DENISE OYARZABAL.

18/06: REUNIÃO CIENTÍFICA: ENTRE MENTES, TURBULÊNCIA EMOCIONAL (COM BEATRIZ BEHS).

JULHO

02/07: PUBLICA AÇÃO: A METAPSICOLOGIA EM PROSA E VERSO (COM CELSO GUTFREIND).

10/07: SEMINÁRIO COM ARNALDO CHUSTER: UM ANALISTA NA PANDEMIA MILITANDO NA MÍDIA.

13/07: SUPERVISÃO COLETIVA: COM PATRÍCIA SCALCO E FABIANA LORENZONI.

18/07: CAFÉ PSICANALÍTICO: CAPACIDADE NEGATIVA, NO TRABALHO INSANO DA INCERTEZA (COM JEFFERSON SILVA KRUG E SUSANA BECK).

AGOSTO

06/08: ENCONTROS COM BION: “CONSERVAÇÃO DA EXISTÊNCIA FETAL NA VIDA PÓS-NATAL: ESTUDO DE CASO” (COM ANIE STURMER).

13/08: ENCONTROS COM BION: “O APRENDER COM A EXPERIÊNCIA” (COM JÚLIO WALZ).

27/08: ENCONTROS COM BION: O LUGAR DA ÉTICA NA OBRA DE BION: MODELO ESPECTRAL, CESURA E SIMETRIA (COM PSICANALISTA RENATO TRACHTENBERG).

10/08: SUPEVISÃO COLETIVA: ABRÃO SLAVUTZKY E GISELE PEREIRA

14/08: SEMINÁRIOS MENSAIS COM ARNALDO CHUSTER: GRADE DE EMOÇÕES, PARTE 1.

20/08: REUNIÃO CIENTÍFICA: “TER E NÃO SER: TRANSFORMA-AÇÕES” (COM MARIA FOSTER).

SETEMBRO

02/09: AULA ABERTA DO GRUPO DE ESTUDOS DE WINNICOTT DO IW BION: EXPERIÊNCIAS LIMÍTROFES NA PANDEMIA: SOLIDÃO, CANSAÇO E INCOMPADECIMENTO (COM RENATA LISBÔA, ADRIANA VIGNOLI, FRANCIELA BONACINA, MÁRCIA FAGUNDES, MARIA LUIZA CALCAGNOTTO, ROBERTA LOPES RODRIGUES).

14/09: SUPERVISÃO COLETIVA: COM CESAR ANTUNES E ADRIANA CASTOLDI.

17/09: REUNIÃO CIENTÍFICA: AUTOESTIMA (COM JÚLIO WALZ E PAULO SÉRGIO GUEDES).

18/09: SEMINÁRIOS MENSAIS COM ARNALDO CHUSTER: GRADE DE EMOÇÕES, PARTE 2.

18/09: JANELAS PARA O MERCADO (COM SAMANTHA DUBURGAS SÁ E RITA PRIEB).

24/09: PUBLICA-AÇÃO: “A GESTAÇÃO DA ANALISTA E SEUS EFEITOS NA CLÍNICA”.

24/09: GRUPO DE LEITURA: “O SENTIMENTALISMO E A CAPACIDADE DE PENSAR” (COM MARY GEORGINA BOEIRA DA SILVA).

26/09: CURSO BION E NIETZSCHE: “APROXIMAÇÕES TEÓRICO/CLÍNICAS” (COM JÚLIO WALZ).

OUTUBRO

03/10: CURSO BION E NIETZSCHE: “APROXIMAÇÕES TEÓRICO/CLÍNICAS” (COM JÚLIO WALZ).

14/10: ENCONTROS COM FREUD: “REFLEXÕES SOBRE O MAL-ESTAR NA CULTURA” (COM ANA PAULA TERRA MACHADO).

15/10: REUNIÃO CIENTÍFICA: HERRAMIENTAS MÍNIMAS, PENSAMIENTOS SIN PENSADOR, ACCIONES SIN AGENTE Y RELACIONES SIN OBJETOS RELACIONADOS (COM LEANDRO STITZMAN).

19/10: SUPERVISÃO COLETIVA: RENATA LISBÔA E MÁRCIA ABITANTE.

21/10: ENCONTROS COM FREUD: “MASOQUISMO” (COM CÉSAR ANTUNES).

24/10: CAFÉ PSICANALÍTICO: FUNÇÃO REVERIE, O SONHAR DO ANALISTA (COM CRISTIANO DAL FORNO E CLAUDIA CARDOSO DOS SANTOS).

28/10: ENCONTROS COM FREUD: “LUTO EM TEMPOS DE PANDEMIA, UMA REFLEXÃO A PARTIR DO TEXTO: SOBRE A TRANSITORIEDADE (1916[1915])” (COM CARLA VILLWOCK).

NOVEMBRO

13/11: SEMINÁRIOS MENSAIS COM ARNALDO CHUSTER: GRADE DE EMOÇÕES, PARTE 4.

16/11: SUPERVISÃO COLETIVA: COM VANESSA LOPEZ E LEONARDO MATTOS.

19/11: REUNIÃO CIENTIFICA: ÓDIO ÀS DIFERENÇAS (COM MAGDA BARBIERI WALZ, DENISE OYARZABAL E RAFAEL BRAZ).

26/11: PUBLICA-AÇÃO: O ADULTO MADURO NO DIVÃ (COM ADRIANA MAY DE MENDONÇA E DENISE SOUZA).

28/11: XV JORNADA DO ESTUDANTE: DE QUANTAS MÁSCARAS SE FAZ UMA PELE? (COM GABRIELLA DOTTO E VICTORIA PEIXOTO, CONVIDADA DENISE OYARZABAL).
E
A CAPACIDADE NEGATIVA E A SESSÃO DE AMANHÃ: UMA JANELA DE POSSIBILIDADES EM TEMPOS DE PANDEMIA (COM MARINA FILOMENA LOMBARD, CONDIDADE MARIA CHRISTINA KUHN).

DEZEMBRO

03/12: EVENTO DE ENCERRAMENTO DO ANO: 2020 O QUE ACONTECEU? (COM BEATRIZ BEHS E JULIO WALZ).

10/12: EVENTO DE LANÇAMENTO DO CURSO ONLINE: E-FORMAÇÃO CURSO TEÓRICO E CLÍNICO SOBRE A OBRA DE W.BION.

14/12: SUPERVISÃO COLETIVA: COM RENATO TRACHTENBERG E RAFAEL BRAZ.

 

*EVENTOS ESPECIAIS

  • Em maio, o Instituto Bion fez aniversário, e para comemorar os 27 anos de trabalho social em clínica psicanalítica, promovemos uma ação solidária com arrecadação de alimentos. Os alimentos foram doados à ONG Misturaí, que organiza e distribui quentinhas e cestas básicas para comunidades em situação de vulnerabilidade social. Um trabalho lindo que tivemos satisfação de nos implicar!
  • A biblioteca do Instituto Bion foi presenteada com livros que pertenciam ao médico e psicanalista José Luiz F. Petrucci. O gesto generoso aconteceu em agosto deste ano e foi realizado pelos filhos do doutor Petrucci, Priscila Petrucci Teixeira e Bernardo Petrucci, após o falecimento do pai. A doação das obras ampliou a variedade de exemplares sobre questões de saúde e psicanálise do local, contribuindo para o acesso ao conhecimento de todos aqueles que usufruem deste maravilhoso espaço de estudos.

 

 

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Mostrando 2 comentários
  • mary g boeira silva
    Responder

    Adorei o boletim. Que muitos ocorram. Seja qual for a frequência, que possa divulgar os acontecimentos institucionais. Excelente. Parabéns a diretoria de divulgação,!

  • Susana Magalhães Beck
    Responder

    Parabéns pelo boletim! Informação sobre eventos científicos e culturais e artigos de excelentes colegas! Mostra a cara do IWBION!

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